quinta-feira, 14 de julho de 2022

Capítulo 26



*Mantenha em loop até o fim da recapitulação*

    Anteriormente, em Pokemon Break...



— Hehe! É complicado, Laxus é um velho companheiro meu.



— Grande companheiro esse que vira as costas para quem sempre esteve ao seu lado. Me chame como quiser, não quero discutir com você.



"Mudar! Pra melhor ou pra pior, mas busque alguém pra te ajudar! Quem nunca quis mudar..."


— Não quer... pegá-las? — perguntou Diana, e Tessa negou. — Tessa, isso são runas. Elas atraem as pessoas para que elas usem seus poderes, só que isso é muito perigoso. Estão em pedaços há muitos anos, mas ainda tem algum poder. Eu as protejo... Sou forte o suficiente para ignorar essa tentação. Não sei o que Victini viu em você, mas... Talvez também seja como eu.



    O pedaço do cristal flutuou para dentro do pingente do colar, em formato de Teia da Vida, que desceu até o pescoço de Tessa, onde prendeu-se.



 — Meu dever é proteger as runas — disse Diana, e as tatuagens de sua pele acendiam-se. — Victini, ajude-me!!


    Uma gigantesca teia presa nos troncos de duas árvores próximas. Tessa olhou para o cordão em seu pescoço, comparando o símbolo dele e vendo que era o mesmo. Enfim ela estava ali... Encontrou a Teia da Vida!



    Quando encostou no cristal vermelho caído no centro do templo, H.R. aumentou seu sorriso. O símbolo do Olho de Kanaloa no chão iluminou-se e as tochas acenderam-se com mais força. Ele arregala os olhos por um instante, ainda com o cristal em mãos.


 — Victini te trouxe aqui porque sentiu algo em você... Uma determinação, raiva... Sede de luta. Resista ao chamado das runas!


 — Lyon, você não sabia dessa missão? Por que o Lance não te comunicaria? 


 — Aquelas Criaturas Douradas são chamadas de Break. Se não conseguimos dar conta de um único e temos relatos de outros... O que sei é que chegou a hora de agir de verdade.


 — Nós dois fomos muito afetados pelo pai... Mas podemos fazer isso funcionar, Margaret — disse, puxando a garota para um abraço o qual ela não corresponde. — Vamos acabar com isso...


 — Sim... Não. — Ela soltou-se de Lyon, olhando para o chão coberto por neve. — Você sempre mentiu e passou por cima das pessoas para conseguir o que queria. Não tem mais lugar aqui para isso! — Erguendo o braço junto com Jynx, as duas expulsam Lyon e Beartic da nevasca, que se encerra com os gritos deles.


 — Se eles estão procurando os Elementais, a maior chance deles é o Moltres Matsuri. Vocês terão que continuar investigando esse caso, precisam ir para Blazeflügel, a fervorosa ilha ao leste de Argentia. Encontrem o líder do ginásio de Fervent, a cidade onde o matsuri acontece, e contornem a situação. Se esse não for o último alvo dos Turbo... Se não os pararmos agora... Não sabemos o que poderão fazer.



 — Você já falou muito, Brycen — disse o terapeuta, o estendendo a mão. A tatuagem do Olho de Kanaloa nela estava iluminada.


    Escondida, Margaret havia presenciado vários Hypno desaparecerem como mágica e Brycen seguir andando ao lado de Yung, como se nada tivesse acontecido.



 — A cidade tá fechada, ninguém sai se não for pelo porto. Sabem que a minha gangue lidera essa cidade há gerações, nenhuma outra que ousou tomar o controle se deu bem, mas parece que estamos divididos.



    Um homem com uma tatuagem semelhante a um bombom enrolado em papel levanta um card dourado, reconhecido por Lyon como Break Card. 

 — Aonde pensam que tão indo? — A mulher abaixou a gola de sua blusa, mostrando a mesma tatuagem do outro homem alto.


 — Quem é ela?


 — É a Sour Candy. Fomos colegas de gangue, éramos as melhores treinadoras, mas a antiga chefona me escolheu para substituí-la antes de ir embora. Sour Candy sempre quis ser a chefe e nunca aceitou o que houve, então cresceu e virou essa pessoa ridícula.



 — Eu vou expulsar essa garota egoísta da nossa cidade!

    Agora, para o capítulo...



    Anos atrás, num dia chuvoso em Gangown, duas garotinhas corriam juntas e se divertindo, mas uma delas para diante de uma casa com o portão aberto. A que parecia mais velha se aproximou dela, confusa.


 — Vai fazer o que, Jessie? Hoje é o aniversário da chefe, temos que ir logo pra a festa!


 — Eu sei, mas... Ela merece um presente, não acha?

 — Mas nós não temos dinheiro e nem tempo pra ir em outra cidade comprar!

 — E quem falou em comprar? — A menina olhou para o portão aberto e sorriu. A mais velha segurou em sua mão, a tentando parar. — Me larga, Lina!

 — Não faça isso, vai dar problema!

 — Eu te encontro na festa.

    Algum tempo depois, na festa, a garotinha chegava com os braços machucados e chorando, sendo puxada pela orelha por um homem irritado. Ele explica para a chefe da gangue que ela tentou invadir sua casa e roubar seus pertences, mas que foi pega rapidamente.

 — Eu só queria te dar um presente, chefe April... — disse, lacrimejando. Lina, a outra garotinha, se aproxima e enxuga seu rosto.

 — Te falei que não era boa ideia...


 — Tu me decepcionou muito hoje, Jessie — disse April, a chefona do local. Usava um casaco rosa em trapos, mas com uma parte felpuda no pescoço. Tinha cicatrizes pelo rosto, uma se destacando mais por contorna sua cabeça. Ela cospe um chiclete antes de voltar a falar. — Se quiser assumir a gangue um dia, pra mudar a reputação da nossa cidade, vai precisar andar no mesmo caminho que a tua amiga!

    Encarando a mais velha, Jessie parecia irritada com a comparação. Mais alguns anos se passaram e as duas tornaram-se treinadoras, aprendendo com as batalhas de April no ginásio da cidade.


    O ginásio ficava dentro de um enorme barraco, e lá acontecia uma batalha entre Poochyena e Grimer. O Poochyena levou a melhor, Lina comandava com mais habilidade e o resultado só poderia ser esse. April a parabenizou, mas notou que sua amiga estava sentada no chão.


 — Que que é? Veio se gabar porque a chefona te parabenizou?


 — Pare de ser assim, eu nunca fiz isso e nem vou fazer! Foi só uma batalha, se levante e vamos nos preparar, hoje é o grande dia.

 — Vamos receber nossos nomes de gangue...

 — E April vai escolher sua sucessora — concluiu, vendo a mais nova virar o rosto.

    De noite, dentro do ginásio, as duas adolescentes estavam arrumadas para a ocasião. Os demais membros da guilda estavam reunidos, sentados ao redor das duas e de April, que, diante delas, segurava uma presa na mão.


    Sabendo que aquela presa seria entregue para a próxima chefona, Jessie não deixava de olhá-la com desejo. April aproximou-se dela, tocando seu rosto e sorrindo.

 — Você é doce, Jessie... Suas intenções são boas e tu manda muito bem como treinadora. Mas o teu lado azedo costuma falar mais alto quando é testada e precisa deixar ele de lado. Seu nome a partir de hoje é Sour Candy.

    Esperando receber a presa, Sour Candy não esconde a surpresa ao ver a chefona se virar para sua amiga.


 — Lina... Sua coragem e seu senso é o que essa guilda... Não, essa cidade inteira precisa disso. Tu é afiada e vai assumir daqui pra frente. Teu nome agora é Fang.


    Ouvindo as comemorações, Fang é encharcada por bebida alcoólica pelos demais membros da gangue. Ela recebe a presa de sua chefona, que a beijou na testa. 


    Mas quando se virou para sua amiga Sour Candy, ela não estava mais ali. A viu correr para fora dali, mas não foi atrás dela.


    Atualmente, Fang se tornou mais poderosa ainda, vivendo em meio a pressão dos outros membros e na rivalidade com Sour Candy, mas nunca esperou que ela fosse se rebelar e dividir a cidade, formando uma nova gangue rival.
    Sentada na areia da praia não muito limpa de Gangown, Fang lembrava-se de tudo o que já passou ali. A sombra da Luminous Bridge a cobria, mas conseguiu ouvir Khoury, Michiyo e Lyon se aproximarem.

 — Está tudo bem? — perguntou Khoury, sentando-se ao lado dela.

 — É óbvio que não está, não foi há muito tempo que ela descobriu que a cabeça por trás da gangue rival é a antiga amiga dela — respondeu Michiyo, preferindo ficar de pé.

 — Nós éramos amigas, como eu disse. — Fang começou, afastando o cabelo do rosto. — Não acredito que está contra mim.

 — Pois é... — Lyon sentiu sua consciência pesar, mas ignorou.

 — Mas precisa lutar! — Incentivou Khoury, encostando no ombro dela. — Não pode deixar a cidade fechada para sempre e nem essa revolta ficar maior!


 — Não costumo concordar, mas ele tem razão. Gangown pode não ter a melhor reputação hoje, mas e quem sabe amanhã? Se não acreditarmos na mudança... Não tem como continuar — disse. Lembrava-se de seu ginásio e Khoury sorriu para ela.

    Pensativa, Fang olhou para cima, se deparando com a parte de baixo da ponte. Ela respirou fundo e se levantou.


 — Quando eu me sento na areia dessa praia que minha gangue tanto respeita e olho para o céu, não vejo estrelas. Vejo a luz da ponte que nos cobre... Ela sim é conhecida e prestigiada, mas nem por isso vou perder o controle. Enquanto a insígnia do meu ginásio valer algo, lutarei por essa cidade.



- não revisado, não finalizado, mas postado porque acho que essa história foi cancelada mesmo -


 — 

Um comentário: